Como podemos saber sobre Deus? Essa questão incomodou cada vez mais os cientistas e filósofos do período moderno à medida que eles destruíam “certezas” previamente imaginadas. Eles se recusaram a colocar qualquer confiança na “revelação especial” da Bíblia cristã, tentando, em vez disso, argumentar que há um Deus a partir do mundo “natural”. Esse é o tema das Palestras Gifford, inauguradas há mais de 130 anos. Tal teologia natural geralmente exclui a Bíblia e Jesus – e, geralmente, aqueles que os estudam.
Em N.T. Wright argumenta que, uma vez que os movimentos filosóficos e culturais que geraram a ologia natural também trataram Jesus como um ser humano genuíno (parte do “mundo natural”), não há razão para tratar o Jesus histórico como fora desses limites. O que aconteceria se o trouxéssemos de volta à discussão? O que, em especial, “história” e “escatologia” realmente significam? E o que isso tem a dizer sobre o próprio “conhecimento”?
Essa discussão nos convida a ver o próprio Jesus sob uma luz diferente, ao nos apresentar melhor o mundo judaico do primeiro século. A crucificação e a ressureição de Jesus, acontecimentos tão confiáveis quanto quaisquer outros no mundo “natural”, acabam completando, de maneira inesperada e instigante, o quebra-cabeça das questões fundamentais formuladas por todas as culturas. Ao mesmo tempo, esses acontecimentos abrem perspectivas da promessa escatológica oferecida a toda a ordem natural. O resultado é uma visão mais extensa, tanto da “teologia natural” quanto do próprio Jesus.
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